ANTÔNIO ROSADO MAIA

16/09/2011 21:54
Artista tem natureza visceralmente nômade.
 
(publicado por Antônio Rosado Maia (falecido) no jornal Gazeta do Oeste, reproduzindo seu próprio texto do convite da exposição "Nômades Amantes do Tempo", em 1998, no Museu Municipal de Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil.)
 
Opinião
                    Especial
 
Neto de alemães e portugueses, Bruno Steinbach é filho de pai paraibano e mãe baiana, com tempero bem brasileiro. Vive atualmente em Mossoró, onde o negro do petróleo extraído das profundezas da terra contrasta com o branco imaculado do sal cristalizado das águas puras do oceano que vem beijar molhado praias artisticamente belas.
A Arte de Steinbach é nômade, percorrendo todos os lugares pela força da imaginação criadora. Aliás, uma portentosa força telúrica, indefinida no tempo, no sincretismo universal do ato de amor. Nos quadros do artista, o sexo está presente; não explicitamente vulgar, todavia insinuado nos gestos de uma pintura sobretudo expressionista.
“Nômades Amantes do Tempo” intitula a exposição de Steinbach. E tem tudo a ver, inclusive ver. Falar sobre arte é perda de tempo. Imprescindível é ver. Os quadros de Steinbach adornam paredes sofisticadas da Europa, Estados Unidos e Canadá, integrando coleções particulares dos aficcionados da verdadeira arte.
 
(Extraído de texto publicado na Gazeta do Oeste, Mossoró, Rio Grande do Norte, 7 de junho de 1998).